OLHA O QUE ACHAMOS

Navegando na net, eis que nos deparamos com o Chico Buarque lendo o livro do Chico Buarque. Pois é, neste vídeo o autor lê trechos do "Leite Derramado", seu novo livro. É interessante observar o criador de uma obra literária dando entonação a seu narrador. Legal usar o autor para apresentar seus escritos, dá uma vida diferente ao texto. Vale a pena conferir.
E um detalhe impotante, na foto que divulga "Leite Derramado", a que está no post abaixo, o livro aparece na cor laranja e no vídeo ele está na cor que de fato chegou às livrarias, branco.

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Boas vindas

Olá pessoas!

Estamos aqui para falar que voltamos, sim. depois de todo esse tempo out, voltamos, agora repaginados e com muito mais novidades para contar, uma delas é André Soli, o cara é super sacado em moda, designer de interiores, fotografia além de ter um humor psicodélico, não vou falar mais nada dele, a qualquer momento ele pinta por aqui, Pinta mesmo.

Outra é Pseudoord, o homem da informática aqui e de todas as nerdices que isso envolve, mas não se deixe iludir pelo "nerd", o cara tem pegada e vai falar sobre isso aqui e sobre o que dé na telha também.

Sejam bem vindos! A coisa continua mais ou menos do nosso jeito Treckado de ser, sem uma fórmula específica a ser seguida, com as seções de comportamento, crítica literária, dica de filmes, crônicas, além das surpresas que virão por aí.Sendo assim, está bom de churumelas e vamos nessa.

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LEITE DERRAMADO

Saiu do forno e chegou às livrarias o novo livro de Chico Buarque “Leite Derramado”. Cinco anos após “Budapeste”, aclamado pela crítica e pelo público e que está com estréia marcada para maio nos cinemas, Chico está de volta à cena literária, onde é sempre tão aguardado quanto no cenário musical. Sua carreira na literatura se iniciou com a peça Roda viva que foi publicada em livro em 1968, em 1991 o romance Estorvo, ao qual se seguiram Benjamim (1995) e Budapeste (2003).
Com este novo livro, Chico configura um rumo em direção à profundidade de seu talento narrativo e estilístico. Pois “Leite Derramado” tem a narrativa entregue nas mãos de uma personagem que é centenário, está internado em um hospital e descreve o que é dito como “Lembranças de lembranças de lembranças." Eulálio de Assumpção Palumba conta suas rememoranças narradas hora para sua enfermeira(a qual ele julga estar escrevendo seu livro de memórias) hora para sua filha ou neto(que pouco interagem com ele) ou mesmo para o leitor que no decorrer deste monólogo se questiona se a falta de cronologia, a miscelânia e repetição de fatos, ou mesmo os personagens com os quais interage são imaginados ou não por ele. Na narrativa o velho discorre sobre sua origem de família influente desde os ancestrais portugueses, com passagens de proximidade com o poder imperial e da República Velha. Até como a ordem antiga desmorona, arrastando seus privilégios e posses, o destino do moribundo parece simbolizar todas as perdas de uma vida aparentemente venturosa. Eulálio ao mesmo tempo, torna presente seu passado de ouro enquanto lamenta a situação de penúria em que se encontra num hospital pobre, quando se julga merecedor de uma instituição sofisticada e dirigida por religiosas. Ao relembrar seus dias de riqueza, seus amores, suas perdas, o personagem também apresenta ao leitor décadas de história do Brasil e do Rio, que aparecem em seus tempos de esplendor e em flashes da mixórdia contemporânea. A inspiração veio da música “O Velho Francisco” de 1987, que foi regravada pela cantora Monica Salmaso. Chico autor da música a tinha como esquecida e ao ouvi-la despertou sua inspiração para o romance. Leite derramado da Editora Companhia das Letras foi lançado com uma tiragem de 70 mil exemplares, a maior da carreira do autor. A capa teve como designer Raul Loureiro. A operação de mega-best-seller se justifica, pois os livros do autor costumam render vendagens altas para o padrão nacional: Estorvo vendeu 180 mil, Benjamin, 85 mil e Budapeste, 275 mil exemplares.

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